A maioria das pessoas pensa que não se deve matar um animal sem uma razão plausível. Na França, o Código Penal proíbe matar sem necessidade uma vaca, um porco ou uma galinha.
Cada vez torna-se mais e mais divulgado o fato de que não é necessário comer carne para se viver saudavelmente.
Será que não chegou a hora de pedirmos a abolição da carne?
Por que não fazermos desse pedido – enorme na aparência embora tão simples – um objetivo maior do movimento animalista mundial?
Claro que devemos também continuar descrevendo, denunciando, mostrando os sofrimentos e as privações impostas aos animais. Devemos continuar pedindo a proibição de práticas que consideramos chocantes: uso de gaiolas minúsculas, mutilações, foie gras, touradas, etc. É necessário que continuemos denunciando a realidade imposta aos animais e a conclamar a importância da sensibilidade dos mesmos assim como a nossa própria. Devemos continuar questionando o especismo e promovendo o vegetarianismo e o veganismo .
Mas isso não é suficiente.
Agora tornou-se incoerente não exprimirmos claramente o pedido político da abolição da carne.
Mas nem mesmo ousamos formular tal pedido já que sua realização parece uma utopia. Temos receio de ser considerados fanáticos e desejosos por impor nossas idéias aos outros.
Estamos errados. Errados por considerarmos que até o menor comedor de carne seja um defensor dos abatedouros. Errados por supormos, sem sabermos ao certo, que a sociedade ainda não está pronta para escutar nosso pedido e muito menos debatê-lo.
No século XVIII, a escravidão humana, legalizada, era uma peça básica da engrenagem da economia colonial. Era utópica a idéia da abolição daquela prática universal e milenar. Devemos nos inspirar nos ativistas abolicionistas que se organizaram para tornar tal prática ilegal.
Lutemos, cada um a seu modo, nessa ampla campanha mundial pela abolição da carne.
Antoine Comiti
(Traduzido por Anna Xavier, Laura Swarovski e Cristina Rodrigues)
Cada vez torna-se mais e mais divulgado o fato de que não é necessário comer carne para se viver saudavelmente.
Será que não chegou a hora de pedirmos a abolição da carne?
Por que não fazermos desse pedido – enorme na aparência embora tão simples – um objetivo maior do movimento animalista mundial?
Claro que devemos também continuar descrevendo, denunciando, mostrando os sofrimentos e as privações impostas aos animais. Devemos continuar pedindo a proibição de práticas que consideramos chocantes: uso de gaiolas minúsculas, mutilações, foie gras, touradas, etc. É necessário que continuemos denunciando a realidade imposta aos animais e a conclamar a importância da sensibilidade dos mesmos assim como a nossa própria. Devemos continuar questionando o especismo e promovendo o vegetarianismo e o veganismo .
Mas isso não é suficiente.
Agora tornou-se incoerente não exprimirmos claramente o pedido político da abolição da carne.
Mas nem mesmo ousamos formular tal pedido já que sua realização parece uma utopia. Temos receio de ser considerados fanáticos e desejosos por impor nossas idéias aos outros.
Estamos errados. Errados por considerarmos que até o menor comedor de carne seja um defensor dos abatedouros. Errados por supormos, sem sabermos ao certo, que a sociedade ainda não está pronta para escutar nosso pedido e muito menos debatê-lo.
No século XVIII, a escravidão humana, legalizada, era uma peça básica da engrenagem da economia colonial. Era utópica a idéia da abolição daquela prática universal e milenar. Devemos nos inspirar nos ativistas abolicionistas que se organizaram para tornar tal prática ilegal.
Lutemos, cada um a seu modo, nessa ampla campanha mundial pela abolição da carne.
Antoine Comiti
(Traduzido por Anna Xavier, Laura Swarovski e Cristina Rodrigues)
Sem comentários:
Enviar um comentário